O maior encontro de almas é o que
acontece na primeira troca de olhares, dois seres se reconhecendo...
Duas pessoas se cruzam e percebem
que uma nasceu pra encontrar a outra...
Um olhar, seguido de um “abaixar”
a cabeça e sorrir... A mulher, com suas mãos passa o cabelo pela orelha... O
homem balança a cabeça de um lado pro outro (deve estar pensando, não pode
ser...)...
E os dois voltam a se olhar...
Com o coração acelerado todo o
tempo...
Foi quase assim, entre você e eu,
há tempos e você nem deve lembrar...
Mas eu lembro cada detalhe,
jamais esquecerei aquele olhar...
Eu estava sentada e você ao chão,
numa brincadeira sua, perdi meu chão...
Hoje, apesar da complexidade de
todos os desencontros, me pergunto por que tudo isso?
Todas as palavras ditas e não
ditas...
Todos os gritos, alguns
respondidos, outros, ignorados... Mas nunca deixados de ser ouvidos...
Segundo, Edgar Morin: “Como considerar o complexo de amor? A categoria
do sagrado, do religioso, do mítico e do mistério penetrou no amor individual e
enraizou-se de modo extremamente profundo. Há uma razão fria, racionalista, crítica, nascida no século das luzes, que
coloca o ceticismo diante de qualquer religião. De fato, a razão fria tende não
somente a dissolver o amor, mas também a considera-lo como ilusão e loucura. Em
contrapartida, na concepção romântica o amor transformou-se na verdade do ser.
Será que existe uma razão amorosa, do mesmo modo que há uma razão dialética, que
ultrapassa os limites da razão congelada?”, será que essa razão fria tem
perpassado os nossos diálogos? Será que é um encontro de almas? Ou apenas um
desencontro? Um erro? Mas e a minha verdade? A concepção que eu tenho disso
tudo pode ser diferente da sua, mas o que você pensa não limita o que eu sinto,
mas o que eu acredito expande aquilo que você diz não sentir, ou melhor, você nunca
diz...
Dizer que foi apenas... Pra mim
não foi, apenas... Pra mim, você é bem mais que “apenas” alguma coisa que
aconteceu, e acontece...
Pra mim não é só, ilusão e
loucura... Tudo é ilusão nessa vida, nem mesmo temos certeza que o que vemos de
fato é o que pensamos ver... O que tocamos é tocável?... Tudo é loucura...
Teorizamos o mundo porque não damos conta de aceitar que não temos poder para
explicar tudo e compreende-lo.... Mas eu não quero teorizar isso que eu
sinto, eu quero viver isso... Eu quero viajar nisso...
Ah, você tem um sorriso tão
lindo, mente tão bem, rsrs. Você pra mim é muito mais...
Eu quero que viaje comigo, viaje
nessa loucura... Pode ser pedir demais depois de tantas conversas... Mas ainda
insisto não sei por quê, só sinto você ainda... Mesmo que eu sinta menos, ainda
sinto...
Ainda te sinto...
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