(...) Ás vezes me pergunto qual foi o
propósito de tudo isso. Por que eu, a menina que acreditava no príncipe
encantado, tornou-se uma mulher desacreditada, teórica, boba, que tem medo, uma
mulher triste quando fica só, que carrega a solidão como parte de si mesma e
toda noite chora de/por amor.
“Dias
são dias, e noites
São
noites e não dormi...
Os
dias a não te ver
As
noites pensando em ti”.
Fernando
Pessoa – “Das quadras ao gosto popular”
Os
poemas são na verdade, uma tentativa de dividir minhas leituras e sentimentos
(que não consigo muitas vezes admitir, escrever ou falar) com você.
“Como
é por dentro outra pessoa
Quem
é que o saberá sonhar?
A
alma de outrem é outro universo
Com
que não há comunicação possível,
Com
que não há verdadeiro entendimento.
Nada
sabemos da alma
Senão
da nossa;
As
dos outros são olhares,
São
gestos, são palavras;
Com
a suposição de qualquer semelhança
No
fundo.”
Fernando
Pessoas – 1934
(...)
Por Denise Caxias
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